EU, PIEDOSO!
Existem pessoas que são como os dez espias de Israel. Eles eram príncipes e nobres. Foram escolhidos criteriosamente por serem homens fortes, inteligentes, líderes, representantes ilustres de suas tribos. Moisés os enviou para conhecerem a terra prometida e depois, com relatos vivos, incentivarem o povo a lutar com valentia na conquista dela. Eles foram. Passaram lá quarenta dias. Ficaram deslumbrados com a exuberância da terra. Era uma terra fértil, boa, que manava leite e mel. Era tudo quanto Deus já havia falado para eles. Voltaram da jornada com os frutos excelentes da terra. Todavia, na hora de dar o relatório, disseram a Moisés e ao povo que a terra era boa, mas devorava os seus habitantes; a terra manava leite e mel, mas eles não conseguiriam entrar lá; pelo contrário, morreriam no deserto, comendo pó, pois lá havia gigantes ameaçadores e imbatíveis, e, aos olhos deles, eles eram como gafanhotos.
Vejam, eles eram príncipes, mas sentiram-se diminuídos diante dos gigantes. Eles eram nobres, mas sentiram-se desprezíveis. Eles eram valorosos, mas sentiram-se como insetos. Eles foram tomados por um sentimento doentio de autodesvalorização e, consequentemente, de impotência. A síndrome de gafanhoto os tomou!