Devemos supor ou concluir que à medida que o tempo passa uma civilização cresce automaticamente em qualidade? Eu acho que essa é uma péssima suposição.
Na verdade, vejo que a civilização vem sendo embrutecida pela tecnologia e pelo ritmo corrido da vida, o que se confirma no acesso a relacionamentos virtuais.
O Facebook é um fenômeno das redes sociais que, apesar de proporcionar uma certa conexão com pessoas que merecem cuidado, não me permite estar ao lado de alguém em uma cama de hospital, em contato com meus amigos ou família quando eles mais precisam de mim. Essa conexão eletrônica, de certa forma, gera em minha mente e coração uma desculpa para não estar ao seu lado, mesmo que meu amigo esteja a poucos quilômetros de distância de meu computador!
Sejamos honestos. Na realidade, fugimos dos relacionamentos de sinceridade, de cuidado, relacionamentos que tocam, e os trocamos por um envolvimento eletrônico estéril.
Podemos sim, tocar muito mais pessoas, e mais rapidamente, mas existe uma chance muito pequena de sermos contagiados pelo vírus da conexão verdadeira. Se isso acontecer, terei que alterar minha agenda para estar “com” alguém por um período maior, enquanto “encubamos” o relacionamento!! (Brincadeira! Perdoe-me!)
Certamente, a utilização de meios eletrônicos e da mídia nos permitiu alcançar uma audiência muito maior com a pregação do evangelho. No entanto, somente o ambiente “oikos”(Casa) pode trazer a continuidade do discipulado, pois este traz o crescimento diário e a maturidade que Deus espera de nós.
Viver de concerto em concerto, de reunião em reunião, de seminário em seminário produz uma vida semelhante a uma pedra que foi jogada para pular na superfície água, sem nenhum fundamento para firmá-la quando o impulso do movimento cessar!
por Jeff Tunnell
Adaptado por Renato Silva